KILL BILL REVIEWED

05/05/2004 - O novo filme de Quentin Tarantino (isto é, novo aqui no Brasil), Kill Bill v.1, é, além de outras coisas, certamente uma homenagem ao estilo de filmar de diretores como Sergio Leone e Akira Kurosawa (óbvias referências). E por mais que eu possa soar redundante, deixo agora que as falas "falem" por si mesmas:

The Bride: "Those of you lucky enough to have your lives take them with you. However, leave the limbs you've lost. They belong to me now." (isso não soa meio antropofagista? Tarantino, em sua caça a referências culturais, pode ser considerado um headhunter)

Ou ainda: "It was not my intention to do this in front of you. For that I'm sorry. But you can take my word for it, your mother had it comin'. When you grow up, if you still feel raw about it, I'll be waiting." Talvez a modéstia de Tarantino e a pujança de suas imagens encontrem eco na seguinte frase do personagem Hattori Hanzo: "I can tell you with no ego that this is my finest blade. If, on your journey, you should encounter God... God will be cut."

Para um filme pop, com uma trilha sonora arrebatadora, figurino vintage de vanguarda e outras coisinhas mais, Kill Bill não deve nada para a nouvelle vague e seu vai e vem no tempo, suas digressões (quando "a noiva" fala com seus dedões dentro do carro) ou por conta da traumática cena que aos poucos vai sendo revivida na cabeça da protagonista sob diversos ângulos (vide Rashomon,
Kurosawa).

E o que dizer das músicas? Uma mistura de funk & kung fu?

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