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Aqui nos despedimos. Não seria desta vez que dizer adeus deixaria de ser cafona, ainda que tudo dependa de como essa palavra pode ser dita ou se até mesmo, de improviso, ela for menos um sorriso do que uma cara de choro na porta do ônibus. O aumento no ronco do motor nos avisa que eu, dali em diante, seria só mais um figurante parado no ponto, abandonado aos solavancos, tragado pela perspectiva de quem fica enquanto o outro se afasta cada vez mais e mais (até que fique esquecido) e se possa, com relativo sucesso, virar as costas e partir (sem lembrar que alguém ficou pra trás). Como se fosse hora de ir pra casa.
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