A diferença que a indiferença faz
Poderia a falta de interesse ser traduzida em indiferença? Nem sempre. Há, acima de tudo, a indiferença calculada, o menosprezo premeditado (desinteresse interessado?) Mas o que existirá por trás dessa postura aparentemente contraditória de realmente querer mas se fazer de rogado? Do que estará atrás o sujeito que simula a falta de uma falta? Não correrá ele o risco de afastar o objeto desejado de seu campo de ação irrevogavelmente? Dissimular uma carência ou deixar de reivindicar um conteúdo não seria apenas uma maneira de se viver enchendo lingüiça? E mais: será que se nega uma falta apenas enquanto o outro não se percebe nessa falta?
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