A uma "poetisa" anônima
Sim, minha querida, para a poesia não deveria haver sexo. Aliás, não há. Mas há gênero, se me permite o trocadilho. Mas quando me referi à poeta do sexo feminino Marianne Moore, minha intenção, ainda que inconsciente, era a de enfatizar o sexo dela. Pois a mim parece um prodígio que ela tenha produzido uma poesia de tamanha qualidade na época em que viveu (entre as décadas de 20 e 60) e com tamanha subversão, talento e wit. Portanto não irei riscar do meu "léxico" uma palavra que, ao meu ver, ainda cumpre uma função que é a de distingüir o sexo de quem produz poesia. Veja bem: quem produz poesia não chega a ser a poesia, poema ou o artefato em si. O artista é só uma ponte.
Quanto a Vinícius de Moraes, não abro mão: foi um "poetinha", com o que há de mais pejorativo no sufixo inho. E com exceção de um soneto ali, uma elegia acolá, me parece um autor menor, revivido hoje às custas de um bairrismo literário (bossa nova pra inglês ver, literalmente) ou, quando muito, às custas de poetisas casadoiras enamoradas. Uma Cecília Meireles de calças...
Quanto a Vinícius de Moraes, não abro mão: foi um "poetinha", com o que há de mais pejorativo no sufixo inho. E com exceção de um soneto ali, uma elegia acolá, me parece um autor menor, revivido hoje às custas de um bairrismo literário (bossa nova pra inglês ver, literalmente) ou, quando muito, às custas de poetisas casadoiras enamoradas. Uma Cecília Meireles de calças...
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