Fisiologia do (fazer) gênero

Apenas quando não me detenho na palavra poesia ou literatura é que sou capaz de engendrar imagens mais realistas, chamativas e, pra dizer o mínimo, dignas de serem vistas. Pensar a priori num soneto ou numa forma alternada de rimas é o que eu chamo de pretensão inútil, pois se sabe que não vai dar em nada, ou melhor, no máximo uma frase de efeito ou outra forma cultivada.

Há os "poetas" que inclusive não se acanham de atribuir essa alcunha ao próprio ofício, os poetas que estão de fato preocupados se aquilo que pariram vai se chamar soneto, conto, romance ou descarado modernismo. Um ofício que às vezes beira o sindicalismo (como se os poetas devessem reivindicar décimo-terceiro, férias e aposentadoria por invalidez.) E à distância imensurável entre o início e o fim da obra, dão o nome de inspiração (ou seja lá que outra abominável metáfora.)

1 comentários:

Anônimo disse...

Ei, meu amigo...só vc traduz as sutilezas da alma do poeta...e suas lides diárias...e suas brigas internas e insanas...
Bjs
saudades de uma ceva com vc!
mari