Os credores do mundo: lições de economia sentimental

O que fazer para diminuir as taxas de inadimplência afetiva? Uma boa solução, já apontada por políticas sentimentais anteriores (os ditos "clássicos"), seria a declaração da moratória de uma dívida que todos sentem em relação ao mundo: isto é, precisamos acabar com os "credores do mundo". E para isso, infelizmente, vale a máxima "é preciso perdoar"... Um potencial credor do mundo é aquele que está sempre acusando seu parceiro econômico de "receber sem se dar", e com isso essa dívida pública acaba virando uma bola de neve. Há tantas pessoas (pelo menos eu conheço um monte) acreditando que a vida deve a elas alguma coisa... Qual a conseqüência? O banco central já mandou imprimir tantas notas promissórias para o desejo que o mercado hoje em dia está inflacionado de paixões, muitas das quais sem lastro nesse mercado simbólico que é o viver. E isso favorece a especulação... Estou sendo claro?

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