Nas páginas dos jornais daquele dia...
Nada. Nas páginas dos jornais daquele dia nada apontava para um desfecho incomum como aquele seria. Fosse como fosse o andamento das coisas, era algo a se dar conta apenas no momento em que aconteceria, algo que nunca teve por costume anunciar-se. Um instante condensado, já que a palavra de ordem é síntese; ou clímax, se o assunto for dramático (ou até mesmo ponte ou bridge se estivermos falando das síncopes) ou mesmo de quando o coração está apenas palpitando. A João Cabral de Melo Neto me reporto:
Uma onda que parava
naquela hora precisa
em que a pálpebra da onda
cai sobre a própria pupila.
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