Battle Royale ou "gincana sádica"
E à frente da sádica empreitada, feito um Big Brother sanguinário, o ator Takeshi Kitano (de Zatoichi) interpreta um professor outrora ridicularizado pelos alunos, que nos faz lembrar de alguns ditadores que o Oriente já abrigou. As regras do jogo são bem simples: presos numa ilha e controlados por uma coleira magnética (que os degola caso ultrapassem os limites da praia), os estudantes são forçados a se matarem uns aos outros para saírem ilesos do jogo. Em muitos momentos o filme nos lembra o seriado Lost, que se vale de flashbacks a todo instante para nos remeter à vida anterior de seus protagonistas e explicar suas motivações. Garotas de saia colegial e meias brancas*, bem ao gosto perverso japonês, e rapazes uniformizados são abruptamente levados a se matarem com requintes de crueldade, seja com metralhadoras, machados, facas ou revólveres, como se de repente um Robert Rodriguez passasse a dirigir o seriado Malhação da Rede Globo. E a cada morte, as baixas são mostradas sob a forma de estatísticas na tela, como se num videogame ou intervalo de jogo de futebol.
BR acaba sendo uma leitura muito peculiar feita pelo Japão do fenônemo rebelde, minissaias & gravatas. Quem não se lembra daqueles programas de disputas entre colégios? Só que desta vez com metralhadoras e facas.
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